TDAH: como lidar com os impactos no trabalho e na faculdade

Cedo ou tarde, na mídia, redes sociais ou mesmo em conversas do dia a dia, você vai escutar alguém mencionar sobre o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH).
O tema ganhou reconhecimento nos últimos anos, sendo utilizado para debater assuntos como saúde mental e inclusão social. Afinal, muitas pessoas são diagnosticadas com essa condição incurável e enfrentam estigmas e discriminação.
Dessa forma, é essencial entender o que é TDAH no trabalho e faculdade, como é o tratamento e quais são suas causas. Além disso, reconhecer os desafios que esse transtorno traz auxilia na jornada. Por isso, acompanhe a leitura!
O que é o TDAH e quais são os tipos existentes?
Reconhecido na área da saúde pelo manual da Associação Americana de Psiquiatria, chamado de DSM-V, o TDAH é um tipo de transtorno de neurodesenvolvimento, categoria que inclui:
- autismo;
- deficiência intelectual;
- transtornos de aprendizagem.
Ou seja, é uma condição que afeta o pleno desenvolvimento das pessoas, sendo perceptível desde o início da infância, manifestando-se de três formas. Veja a seguir quais são elas.
O primeiro tipo
Conhecido como desatento, compromete, em particular, a capacidade de foco que o indivíduo tem para realizar tarefas. Em especial, se for por um longo período ou contar com normas estritas e regras.
Além disso, é identificado quando o foco é perdido em tarefas que demandam muitos processos cognitivos, como memória, raciocínio e pensamento.
Por conta disso, a pessoa não acompanha o desenvolvimento das atividades, distrai-se por motivos aleatórios e não consegue manter uma organização de estudo ou trabalho.
O segundo tipo
Conhecido como hiperativo ou impulsivo, diz respeito ao aparecimento de outros sintomas marcantes. O primeiro deles é a impulsividade acentuada que, frequentemente, o impede de se comportar como esperado nos ambientes.
O segundo é a hiperatividade, dificultando para a pessoa ficar quieta, lidar com tempo de espera e assumir atribuições automáticas e repetitivas.
O terceiro tipo
Quem recebe o diagnóstico de TDAH de um médico ou neuropsicólogo pode apresentar uma combinação dos dois perfis citados. Ou seja, ser desatento e igualmente hiperativo/impulsivo.
Portanto, esse é o terceiro tipo do transtorno, a manifestação mista de sintomas. Como resultado, a condição traz impactos negativos na qualidade de vida da pessoa, comprometendo as relações pessoais e sua construção de um plano de carreira.
Quais as causas dele?
O DSM-V estabelece que não há uma causa específica que origine essa condição, que afeta 2,5% dos adultos no planeta. Ou seja, cerca de 200 milhões de pessoas.
Dessa forma, segundo a entidade americana, há um conjunto de fatores correlacionados, como:
- herança genética;
- problemas durante a gestação;
- atraso na maturação do cérebro;
- fatores ambientais, como a relação familiar.
Quais os principais desafios no estudo e no trabalho para adultos com TDAH?
O TDAH no trabalho e estudo traz dificuldades que afetam não só o engajamento da pessoa nas atividades, mas principalmente no desempenho dela. Entre os principais desafios estão:
- gerir o tempo disponível e cumprir com prazos de entrega;
- trabalhar em equipe por conta da impulsividade em momentos inoportunos;
- não procrastinar, dada a facilidade com a qual se distrai e arranja novos afazeres;
- assumir responsabilidades simultaneamente devido ao déficit de atenção;
- lidar com materiais e equipamentos manuais pela alta probabilidade de perdê-los.
Como é o tratamento para lidar com os desafios TDAH?
O tratamento do transtorno envolve acompanhamento médico para uso de medicação necessária para auxiliar na redução de ações impulsivas e hiperativas, potencializando as funções mentais, como a atenção.
Além disso, a pessoa também faz terapia com psicólogo, visando quatro pontos centrais. São eles:
- mudanças comportamentais;
- melhora dos processos cognitivos;
- criação de métodos de organização pessoal;
- gestão de tempo.
Como mostrado, o TDAH é uma condição de saúde. Dessa forma, deve ser tratado com seriedade, respeito e, acima de tudo, informações que ajudem a conscientizar as pessoas sobre o transtorno.
Isso ajuda não só na construção de processos inclusivos, mas permite identificação de potenciais sintomas para que suporte profissional especializado seja procurado.
Com testes e avaliação clínica, é possível ter um diagnóstico correto e iniciar o tratamento, facilitando o cuidado com os sintomas e ganhando qualidade de vida.
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